Gabriel Medina, com 38 votos a 16 sobre João Vidal, foi eleito , ontem, o novo presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). Ele era o candidato apoiado pelo Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis, o FONAJUVES, mas também recebeu os votos da CONTAG, da Rede de Jovens do Nordeste e da Juventude da CUT. Vidal era o vice-presidente do órgão, na gestão de Danilo Moreira, também Secretário Nacional de Juventude do Governo Federal, que se encerrou na tarde de 15 de dezembro.
Gabriel Medina é da Democracia Socialista (tendência interna do PT), tem larga trajetória no movimento estudantil e pelas políticas públicas de juventude, compondo a geração que impulsionou esse tema no Brasil com muito esforço, seja em governos, parlamento, sociedade civil e organizações políticas, que privilegiavam a interlocução e a intervenção quase que exclusivamente com o movimento estudantil.A candidatura dele estava sendo costurada e articulada há um certo tempo e isso deu uma grande vantagem - aliada a uma boa e representativa plataforma política muito previamente divulgada- para o resultado que já era relativamente esperado. Porém, seus 24 votos, na "largada", causou certa surpresa, revelando que o planejamento da ação, com política com começo, meio, fim, foco, tática e estratégia são - diria o clichê - a "chave do sucesso".
Habilidoso e competente, na formulação e na articulação política, tenho certeza de que meu amigo pessoal e companheiro de muitas batalhas, Gabriel Medina, será uma liderança que não passará em branco no Conjuve, assim como meus também camaradas valorosos Danilo Moreira e David Barros , que, respectivamente, o antecederam.
Surpresa
Porém, a grande surpresa da eleição foi a candidatura de João Vidal (dirigente da UGT), composta pelo campo político influenciado pela JSB, JCNB (maioria petista), JS/PDT e JPMDB, que, com 16 votos, foi ao segundo turno deixando fora a chapa liderada pelo espectro político influenciado pela UJS e juventude do novo Partido Pátria Livre (ex-MR-8), no qual se inserem grandes entidades como a UNE e a UBES.
Todos apostavam na retirada da candidatura de João Vidal pelo poder de atração dos pólos considerados mais potentes, mas os conselheiros assistiram ao nascimento, sim, de um novo pólo político, indubitavelmente forte para influenciar o destino das PPJs do Governo Federal, nos estados, muncípios e sociedade civil, a ser desenvolvido e fortalecido, claro, sem sectarismos e confusão política.
Todos apostavam na retirada da candidatura de João Vidal pelo poder de atração dos pólos considerados mais potentes, mas os conselheiros assistiram ao nascimento, sim, de um novo pólo político, indubitavelmente forte para influenciar o destino das PPJs do Governo Federal, nos estados, muncípios e sociedade civil, a ser desenvolvido e fortalecido, claro, sem sectarismos e confusão política.
Texto publicado originalmente por: Leopoldo Vieira
Atuou no Movimento Estudantilfoi diretor de organização e propaganda do Centro Acadêmico de Direito, diretor de imprensa do DCE da UFPA(2002-2004)e articulador político da Diretoria de Relações Internacionais da UNE (2004-2005). No movimento pelas PPJs, representante do Congresso da Juventude no Conselho da Cidade, da Prefeitura Municipal de Belém (2001-2002), Secretário Nacional Adjunto de Juventude do PT (2005-2007), membro e Secretário de Políticas Públicas do Conselho de Juventude do Estado do Pará (COJUEPA) e Assessor de Juventude da Casa Civil do Governo do Pará (2007-2008). É consultor para o desenvolvimento de políticas públicas de juventude, assessor do deputado estadual Carlos Bordalo (PT), autor de A Juventude e a Revolução Democrática e colunista, aos sábados, de assuntos da juventude do blog do ex-ministro José Dirceu.
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